Departamento de Biologia - Universidade do Minho - Invasão do leste europeu mudou mapa genético dos cidadãos ibéricos

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  • terça-feira, 19-03-2019

Há 4500 anos os homens da Península Ibérica desapareceram e foram substituídos por invasores vindos do leste europeu, responsáveis por toda a descendência a partir da Idade do Bronze. É o que mostra um estudo arqueogenético desenvolvido por mais de 100 investigadores internacionais, entre eles o português Pedro Soares, investigador do Departamento de Biologia.

Há 4500 anos os homens da Península Ibérica desapareceram e foram substituídos por invasores vindos do leste europeu, responsáveis por toda a descendência a partir da Idade do Bronze. É o que mostra um estudo arqueogenético desenvolvido por mais de 100 investigadores internacionais, entre eles o português Pedro Soares, investigador do Departamento de Biologia.

 

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Pedro Soares

 

Há 4500 anos os homens da Península Ibérica desapareceram e foram substituídos por invasores vindos do leste europeu, responsáveis por toda a descendência a partir da Idade do Bronze. É o que mostra um estudo arqueogenético desenvolvido por mais de 100 investigadores internacionais, entre eles o português Pedro Soares. O artigo publicado esta quinta-feira na revista Science contextualiza como a comunidade ibérica mudou de caçadora-recoletora até aos dias de hoje, incluindo o fluxo genético correspondente à chegada da agricultura há 7500 anos e as trocas genéticas com o Norte de África desde há 4000 anos. Uma das conclusões mais "surpreendentes" deste estudo sobre a herança genética da população ibérica foi constatar que a migração do povo das estepes russas e ucranianas, que já se sabia ter chegado até boa parte do continente europeu, avançou até à Península Ibérica no início da Idade do Bronze (há 4500 anos). Para isso, muito terão contribuído os avanços tecnológicos da época, como os carros puxados por cavalos domesticados. "Acabou por ser surpreendente ver a força usada mesmo neste extremo do continente europeu. Verificamos que há cerca de 4500 anos houve uma substituição quase total das linhagens masculinas, ou seja, uma substituição de todos os homens que existiam na Península Ibérica por estes migrantes que vieram de fora", revela o geneticista e investigador da Universidade do Minho, Pedro Soares.

 

 

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