A Escola de Ciências (ECUM) promoveu esta sexta-feira, dia 24, a décima segunda edição do “Ciência ao Almoço”. A iniciativa, que decorre mensalmente, contou com a presença do Doutor Filipe Oliveira Costa, do Departamento de Biologia, que falou sobre “A revolução do DNA na investigação da biodiversidade: 20 anos de ‘DNA barcoding’”. Em janeiro completaram-se 20 anos desde a publicação do artigo em que se propõe um novo sistema universal de identificação de espécies, baseado em sequências curtas de zonas pré-definidas do genoma: os “DNA barcodes”.
Vinte anos depois, a utilização desta abordagem generalizou-se, contribuindo significativamente para a descoberta da biodiversidade do planeta, e revolucionando a sua investigação e monitorização. O "DNA barcoding" "mudou a forma como vemos a biodiversidade. Encontramos camadas e camadas de biodiversidade que não eram conhecidas, melhoramos a nossa capacidade de monitorizar essa biodiversidade, de utilizar conhecimento gerado para aplicar na conservação da biodiversidade e de alguma forma tentar reverter esse declínio", resumiu Doutor Filipe Costa, investigador do Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA).
O "Ciência ao Almoço" pretende promover a partilha de conhecimento e a cooperação no seio da comunidade ECUM. Todos os meses é convidado um Professor ou um Investigador da Escola que aborda um tema da sua especialidade, sempre num ambiente descontraído. Desta vez, a sala compôs-se com dezenas de estudantes, investigadores e docentes que colocaram várias questões sobre o tema apresentado. "Acho que correu bastante bem. O facto de os estudantes terem ficado até ao fim e já ter passado a hora de irem para as aulas e ainda se manterem cá, é indicativo de que resultou bem e que houve um grande interesse por ouvir um bocadinho de ciência diretamente dos investigadores", disse o Doutor Filipe Oliveira Costa.
Antes da palestra promoveu-se um momento de convívio e partilha, com almoço trazido pelos participantes.